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domingo, 13 de fevereiro de 2011

AS POTENCIAS SERÃO ABALADAS

EDU DALLARTE




Um dos grandes sinais do fim segundo a biblia seria as potencias sendo abaladas, isso já está ocorrendo, potencias aqui é tanto cosmicas, astros, como na terra, governantes.

Muitos governantes corruptos da velha ordem estão caindo.

no rastro desta grande mudança surge o governo mundial com sede no oriente médio.

O barril

Posted: 04 Feb 2011 09:30 AM PST


Será que temos de levar ainda mais a sério o actual cenário? Será que o que estamos a observar no Egipto pode tornar-se um efeito dominó de proporções inimagináveis?

Por enquanto é cedo para avançar como uma afirmação destas. É provável que uma vez resolvida a situação do Cairo, as outras condições difíceis possam não ultrapassar os confins regionais.

No entanto, não podemos esquecer que a revolta não é apenas um fenómeno interno do Egipto.

Tunísia

Afastado Ben Ali, o primeiro-ministro Ghannouchi deve agora lidar com as reformas exigidas pela população. Que ainda manifesta, insatisfeita com um governo fruto do compromisso.

Argélia

Foi aqui que, em meados de Dezembro, alastrou a faísca na área. Muitos suicídios de protesto; o presidente Bouteflika ainda está no poder e há dois dias três pessoas desempregadas mutilaram-se.

Marrocos

O rei Mohammed VI impediu a propagação da revolta através da introdução de medidas para conter a inflação. Mas a situação está longe de ser resolvida: na Terça-feira dois desempregados morreram entre as chamas.

Líbia
Na terra de Khadafi, no poder desde 1969, Janeiro começou com centenas de Líbios que ocuparam casas contra os preços elevados. Rápida a repressão, mas o desemprego é elevado.

Jordânia
Os muitos protestos em Amã, o último dos quais na passada Sexta-feira, levaram o rei Abdullah a demitir o primeiro-ministro ,Marouf Bakhit, e nomear o novo.
Arábia Saudita
As manifestações chegaram até à Arábia Saudita, em Jeddah, onde encontrou refúgio o ex-ditador da Tunísia, Ben Ali. E mesmo na terra do rei Abdullah, um homem pôs-se em chamas.
Yêmen
35% dos habitantes têm entre 14 e 29 anos, a taxa de desemprego é muito elevada. Hoje é prevista uma demonstração para exigir a renúncia do presidente Saleh, na capital Sanaa.
Sudão
O Presidente al-Bashir aceitou formalmente a independência do sul, mas o País dividido, numa situação de forte instabilidade, pode ser um foco de insurreição geral.
Mauritânia
Também na Mauritânia houve protestos de rua e um empreiteiro escolheu morrer entre as chamas. O País tem uma taxa de desemprego de 30%. Os jovens são 31% da população.


Estamos sentados sobre um barril de pólvora? Assim parece.

A verdade é que a crise internacional, mas sobretudo a especulação no sector alimentar ao longo dos últimos meses e a consequente inflação, têm criado uma situação insustentável.

Uma dúvida que já apresentei: é uma especulação "natural", por assim dizer, ou há algo mais? Estes são apenas os efeitos das várias manobras do género Quantitative Easing ou estamos perante uma inflação criada ad hoc?

Por enquanto não há repostas.

Mas uma coisa pode ser dita com certeza: a violência, as manifestações, os suicídios, são os frutos da tentativa de salvar o nosso mundo. Não o mundo dos Egípcios, dos Tunisinos, dos Argelinos: mas o mundo de nós Ocidentais. Sem as inconscientes medidas para resgatar o nosso sistema económico moribundo, sem as manobras para alimentar o insaciável mercado financeiro, agora não haveria desempregados em chamas nas ruas de tantos Países.

E é curioso observar o Secretário da Nações Unidas, o coreano Ban Ki-moon, apelar para que a repressão pare.
Uma pessoa séria, responsável, com um mínimo de dignidade, apelaria para bem outras coisas e não apenas para que a ligação internet seja restabelecida no Egipto.

Doutro lado, é também verdade que neste caso o bom Ban Ki-moon, seria "suicidado"...


Ipse dixit.

O lobo perde o pêlo, mas...

Posted: 04 Feb 2011 08:00 AM PST

...mas não perde o vício.

Os media estatais chineses evitam comentar os protestos no Egipto e as notícias são confinadas no segundo plano, ao contrário do resto do mundo. Os especialistas dizem que há muitas semelhanças entre a situação egípcia e a chinesa, e muitas conexões com os protestos da Praça Tiananmen, em Junho de 1989.

Os média não mostram as imagens de protestos ou os tanques nas ruas. Fontes jornalísticas afirmam terem recebido a indicação para utilizar apenas as notícias fornecidas pela agência estatal Xinhua. Alguns diários limitaram-se a dizer que os Chineses voltaram do Egipto com voos especiais.

Nos sites chineses são censuradas as palavra "Egipto" e "Tunísia", depois de terem sido colocados online artigos e fotos dos protestos com comentários como: "Estes são os verdadeiros soldados do povo. O exército egípcio não abriu o fogo contra os seus próprios pais e irmãos. "

O ex-jornalista Li Datong explica que "é uma história muito sensível para o governo, e relembra os acontecimentos de 1989."

O cientista político Liu Junning observa que os protestos no Egipto mostram que os regimes autoritários são mais vulneráveis e frágeis do que parecem.

A agência Xinhua, na edição inglesa, mostra que alguns egípcios são contrários aos protestos e, inclusive, "distribuem folhetos entre os manifestantes, pedindo às pessoas para evitar a violência e o caos."

A televisão estatal fala das festividades do Ano Novo chinês e relega em segundo plano os protestos no Egipto.

Única excepção é o Global Times, jornal do Partido Comunista, que falou sobre os protestos na Tunísia e no Egipto, em particular para sublinhar que é pouco provável que surja uma "democracia de estilo ocidental".

Enfim: mais de 50 anos de comunismo não podem ser apagados em poucos dias.

Especialistas observam que a situação na China é muito diferente, porque o poder do Partido Comunista da China é forte e o desenvolvimento económico tem resgatado milhões de pessoas da pobreza, ao contrário do Egipto, onde foram beneficiadas principalmente as classes dominantes e não a maioria da população.

Mas os utilizadores de internet pensam de maneira diferente, e nos primeiros dias de protestos têm florescido comentários sarcásticos como "Crescente corrupção, inflação, os altos preços de casas. Eu acho que há outro País como esse, mas qual poderia ser? "

Hu Xingdou histórico da Universidade Sun Yat-sen, em Guangzhou, adverte que "se a economia desacelerar ou cair, é provável que surjam na China protestos contra o governo."


Fonte: AsiaNews

A violência no Egipto

Posted: 04 Feb 2011 06:30 AM PST

Alguns vídeos que testemunham o grau de violência no Egipto destes dias.

O primeiro é de Russian Television e testemunha os protestos logo num dos primeiros dias:





O segundo vídeo foi transmitido ontem à noite pela RTP 1, a televisão portuguesa.
Mostra uma carrinha da polícia que atropela um grupo de demonstrantes.

ATENÇÃO
Dada a natureza das imagens, é desaconselhada a visão por parte das pessoas mais sensíveis.




São imagens de ontem, 3 de Fevereiro.
Mas esta atitude não foi uma novidade: já no dia 28 de Janeiro a Reuters, via CNN, tinha relatado algo de parecido:





Fonte: YouTube

Poucos cêntimos

Posted: 04 Feb 2011 05:30 AM PST

Novo post, novo gráfico.

Este é o FAO Food Price Index (FFPI), um índice criado pela FAO, que considera 55 matérias primas relacionadas com a alimentação, divididas em 5 grupos (carnes, lacticínios, grãos, gorduras, açúcares). O FFPI é actualizado uma vez por mês e foi projectado para indicar as mudanças nos preços dos alimentos numa dieta média.



De facto, a FAO apresenta duas séries históricas diferentes, como é possível observar na imagem: o FFPI Nominal e o Real, a segunda da moeda considerada (Dólar ou outras).

Mas o dado importante é que estamos perante o sétimo mês consecutivo de aumento do FFPI, tanto em termos nominais como reais: e não será mal notar que chegámos outra vez aos níveis do final de 2008 pouco antes do despoletar da crise (a mesma que ainda não acabou).

A comida custa cada vez mais. Nos Países Ocidentais, uma subida de 5 ou 10 cêntimos no preço duma embalagem de leite tem efeitos tudo somado limitados, pois para nós a diferença não é muita.
Mas no mundo há pessoas que vivem com 1 Dólar por dia, ou até menos: então 5 ou 10 cêntimos podem representar a diferença entre comer e não comer.

Nos Países em desenvolvimento, mesmo sem alcançar situações limites, estes poucos cêntimos representam um acréscimo significativo, e têm reflexo na capacidade de compra.

Em quais Países? Tunísia, Egipto, Argélia, Jordânia por exemplo.
Eis a situação em alguns Países da África do Norte e do Médio Oriente:


Mas a situação está em risco também no Sul África, no Paquistão, no Irão, na China...

Acho que estamos entendidos...


Fonte: Rischio Calcolato, Intermarket & More

Egipto: actualização (13:00 h.)

Posted: 04 Feb 2011 05:00 AM PST

Breve actualização acerca deste que no Egipto esperam ser o último dia de protesto.

Centenas de milhares de manifestantes ocupam as principais praças do Cairo e por enquanto não há relatos de incidentes.
Situação idêntica em Alexandria e outras cidades do País.

Segundo o New York Times, os Estados Unidos estariam empenhados em negociações com Mubarak, o Presidente egípcio, para que este aceite apresentar demissões imediatas e acelerar assim a transição do poder.

No entanto, um oficial egípcio perto da presidência afirma:
O que estão a pedir não pode ser feito. esta é a minha resposta "técnica"
A minha resposta política é que temos que pensar no assunto.

Por isso, há espaço para o diálogo.

Al Jazeera mostrou as imagens de infiltrados da polícia entre os manifestantes. Objectivo destes seria espalhar a confusão e bater nos manifestantes, quando possível.

Lembramos que a directa vídeo pode ser seguida neste link de Al Jazeera (em língua inglesa)


Fonte: New York Times, Al Jazeera

Gráfico: os parasitas

Posted: 04 Feb 2011 03:30 AM PST

Post curto.

A seguir o gráfico que mostra o "peso" de duas economias no mercado dos Estados Unidos: a economia "real", por assim dizer, feita de bens produzidos, trabalhados; e a economia "virtual", a economia da finança.

(clicar par aumentar!)

Em 1986 houve a ultrapassagem.
Na prática, a economia "financeirizada" passou a contar cada vez mais, em detrimento da verdadeira economia, a de produção dos bens.

Hoje, 21% do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA depende da economia que não produz, a financeirizada, enquanto apenas 11% deriva da real produção de bens.

O triunfo do capitalismo parasitário.


Fonte: Il Grande Bluff

Egipto: a Sexta-feira da Partida

Posted: 04 Feb 2011 03:01 AM PST

O dia de ontem, quinta-feira, no Egipto foi marcado por mais confrontos com o exército que tem tentado manter separados os manifestantes e os esquadrões enviados pelo regime. Além disso, os estrangeiros foram atacados várias vezes.

Novos confrontos na noite.

Nesta altura os manifestantes estão a confluir nas praças para mais um dia de protesto.

O dia de hoje foi baptizado como "a Sexta-feira da Partida" pelos manifestantes. A partir das 16 horas locais (14 em Portugal, 12 em São Paulo) é esperada uma marcha que, segundo as notícias, não tentará alcançar o palácio presidencial como tinha sido antecipado. A esperança é que o Presidente Mubarak possa hoje abandonar o País.

Uma dia "quente", ao que parece.

As imagens transmitidas pela televisão Al Jazeera mostram nesta altura (11 horas em Portugal, 9 horas em São Paulo) Tahrir Square, no Cairo, um dos centros dos protestos, já cheia de manifestantes que agitam bandeiras do País.

As imagens podem ser seguidas em live streaming, com áudio em inglês, no seguinte link: Al Jazeera.

Informação Incorrecta continuará a seguir os desenvolvimentos ao longo das próximas horas.


Fonte: Informazione Scorretta

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