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sábado, 16 de abril de 2011

A CONEXÃO DA PASCOA CABALA

The Kabbalah Centre : A conexão de P E S S A C H


A história tradicional de Pessach fala da escravidão , do exílio e enfim da libertação dos israelitas da terra do Egito.

Tradicionalmente, essa escravidão foi apresentada como um trabalho duro brutal, sob o estalo de chicotes , com abundancia de sangue, suor e lágrimas. Os antigos cabalistas , no entanto, trouxeram á luz alguns aspectos interessantes quem em grande parte tanto os rabinos, como os padres e os estudiosos deixaram passar despercebidos.

No nível literal, a história de Pessach nos diz que os israelitas ficaram na servidão no Egito por 400 anos. Eram escravos e filhos de escravos – prisioneiros do coração duro do Faraó, o governante do Egito.

Veio então um grande líder chamado Moisés. Numa missão de Deus, Moisés ganhou liberdade para o seu povo. Liderou-os então numa longa e árdua jornada, incluindo o famoso desvio através do Mar Vermelho. Finalmente chegaram ao Monte Sinai, onde tinham um encontro com o destino.

Mas aqui está a parte interessante: Os israelitas pela primeira vez em séculos estão sentindo o sabor da liberdade, no entanto começam a queixar-se e a reclamar assim que começa a fazer um pouco de calor no deserto. Chegam a implorar a Moisés para que os leve de volta ao Egito ! Devemos acrditar que os Israelitas estavam numa boa no Egito? Será que a vida no deserto era pior que a escravidão do Egito?

Alguma coisa aqui não está lá muito certa. A história literal não faz sentido.. Por que , ano após ano, devemos recontar esta história dúbia na festa de Pessach?

O renomado cabalista conhecido como O Ari viu as mesmas discrepâncias; ele fez as mesmas perguntas, e descobriu algumas respostas muito iluminadoras.


DECIFRANDO O CÓDIGO....

O Ari revelou que a história bíblica é um código. Egito é uma palavra em código para o EGO HUMANO. Egito é uma metáfora para a natureza incessantemente reativa e egoísta da humanidade. Qualquer aspecto de nossa natureza que nos controla é o “Egito”.

É a relação de mestre-escravo mais antiga da Criação. E ela assume muitas formas:

- Estamos aprisionados pelos aspectos egocêntricos de nossa existência material.

- Somos mantidos aprisionados na servidão por nossas vontades reativas e por nossos desejos egocêntricos .

- Somos escravizados por nossos impulsos irrefletidos.

- Somos mantidos escravos de nossas carreiras, por nossos trabalhos e por nossas relações superficiais.

- Somos prisioneiros das percepções que outras pessoas tem de nós.

- Estamos encarcerados pela necessidade de nossos egos de que outras pessoas nos aceitem.

- Somos reféns de nossa necessidade constante de superar e de nos igualar a nossos amigos.

O nosso ego é o nosso verdadeiro inimigo – e o ego é tão bom em, seu serviço que a maior parte de nós nem mesmo percebe que está na escravidão.

MAIS CÓDIGOS....

Os rituais ligados a Pessach são os cabos pelos quais a corente espiritual chega a nossa vida.Vamos examinar a significação espiritual por trás de alguns dos conceitos mais comuns de Pessach.

NÃO COMER PÃO...

Durante os 8 dias de Pessach, o pão é substituído por Matzá.

Os cabalistas nos ensinam que o pão é uma ferramenta poderosa. O pão é como uma antena para a transmissão de energia espiritual – daí seu uso nos ritos de tantas religiões.

A Cabala ensina que o pão também está ligado metafisicamente ao ego humano. Assim como o pão tem o poder de se expandir e crescer, o nosso ego tem a capacidade de se expandir e de nos motivar a grandes alturas no mundo material.

RESPONSABILIDADE...

Enquanto eram escravos no Egito, os Israelitas não eram responsáveis nem tinham que prestar contas de suas próprias vidas. Podiam continuar sendo vítimas. Se qualquer caos recaísse sobre eles, eles não tinham que assumir a culpa. É muito mais fácil ser vítima – ser um “ escravo “ – de que aceitar a responsabilidade pelos problemas da vida.

O estado mental de vítima era a verdadeira escravidão do Egito. O êxodo dos Israelitas levou a uma liberdade genuína e a um controle sobre seu próprio destino. Mas com a liberdade vem a responsabilidade, e este era um prospecto desconfortável. Este é o significado espiritual por trás de toda aquelas queixas repentinas e de todo aquele desejo de retornar ao Egito. Era muito mais fácil para os Israelitas serem escravos e vítimas, e ficarem culpando os “egípcios “ ( as pessoas e o mundo) por tudo. Desta forma , as coisas simplesmente estavam “ fora do seu controle “.

Mas a realidade é a seguinte: nada está fora de nosso controle. Nossa natureza reativa, porém, nos faz cegos quanto a esta liberdade e responsabilidade. De repente, somos desafiados a olhar no espelho e a culpar a nós mesmos pelo caos e pelas dificuldades que nos atingem.

Ma se conseguirmos aceitar a responsabilidade , podemos ter o poder da liberdade e do controle sobre o cosmos na palma de nossa mão.

CÓDIGO DO TEMPO...

De acordo com o calendário hebraico, na noite de Pessach abre-se no universo uma oportunidade única. A porta da prisão é repentinamente destrancada. Temos a chance de escapar e de fugir da prisão de nosso ego., de nosso ego, de nosso medo e de nossas inseguranças.

Esta abertura na verdade foi criada há cerca de 3.300 anos atrás, quando nesta mesma data os Israelitas foram libertados da escravidão. A liberdade que surgiu no Egito se deu por um único objetivo – CRIAR UM RESERVATÓRIO DE ENERGIA PARA TODAS AS GERAÇÕES FUTURAS, para que pudéssemos ter acesso ao poder da liberdade em nossas vidas.

A física moderna nos diz que a energia nunca desaparece A mesma energia espiritual da liberdade volta a cada ano na noite de Pessach.

O tempo é como uma roda que gira. A liberdade que ficou disponível há 3300 anos atrás no Egito retorna novamente exatamente nesta data. Os acontecimentos não passam por nós como um trem de carga. Nós nos movemos pela roda do “ decorações do cenário “ , que nos dão a ilusão de um ano novo e de uma vida diferente.

AS DEZ PRAGAS...

Os cientistas e os cabalistas concordam que a realidade é formada por dez dimensões, cada uma das quais é expressa em nossa composição espiritual. Em outras palavras, o nosso ego e os nossos impulsos nebulosos contém dez graus de negatividade.

A história bíblica fala de Dez Pragas que forma lançados sobre o Egito. A antiga Cabala explica que isto significa na verdade que foram necessários dez cargas de energia para eliminar os dez níveis de negatividade que habitam dentro de nossa natureza humana. Uma vez removidos os dez níveis , alcançamos a liberdade genuína do ego e do eu.

Fonte: Kabbalah Centre

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