Nêmesis, a estrela da morte
http://www.youtube.com/watch?v=zBaZc4wg3zg&feature=player_embedded
Créditos: canal de nibiruzinho
O Sol teria uma companheira mortal que ameaça a vida em nosso planeta?
Mais informações podem ser achadas em http://www.zenite.nu/09/0909.php
Conjecturas sobre o Sistema Solar: Onde está o verdadeiro Planeta X? Onde está Nêmesis?
Uma das coisas que precisamos aprender sobre o sistema estelar α Centauri é se Próxima Centauri está ou não gravitacionalmente ligada ao par binário α Centauri A / B. Muito depende da veracidade desta questão, pois se Próxima apenas está ‘de passagem’ pelo sistema α Centauri, então qualquer efeito perturbador que Próxima pode ter sobre um halo exterior de cometas em torno das estrelas de α Centauri seria o caso de um único tiro.
Por outro lado, se Próxima Centauri é uma parte estável de um sistema tríplice, então Próxima poderia remeter cometas carregados de compostos voláteis nos sistemas planetários que orbitam Alfa Centauri A / B. Poderia proporcionar em outras palavras, a diferença entre a presença de mundos rochosos secos ou a existência de exoplanetas com água em abundância, com tudo o que implica nas possibilidades do desenvolvimento da vida.
Nêmesis, a estrela da morte?
Nós temos tido este mesmo tipo de raciocínio aplicado ao nosso próprio Sistema Solar, sob a forma da ‘estrela da morte’ apelidada de “Nêmesisâ€. Como explica a teoria, Nêmesis poderia ser uma estrela de pequena massa, uma anã vermelha ou talvez uma anã marrom, com uma órbita bem lenta e distante do Sol, culpada de uma possível periodicidade em termos de eventos de extinção na Terra. A ‘hipótese Nêmesis’ sugere que ao perturbar as órbitas de cometas na Nuvem de Oort, tal massivo objeto poderia supostamente enviar cometas na direção do Sistema Solar Interior em um longo ciclo mortal que se repetiria a cada 26 milhões de anos.
O Telegraph é um jornal dentro de uma diversidade de interessados na mídia sobre esta história (Astrobiology Magazine é outro) que permanecem especulando sobre se existe ou não alguma evidência para a existência de Nêmesis, com a descoberta de Sedna, em 2003, cuja órbita continua a causar ondulações na comunidade das ciências planetárias.
Mike Brown (Caltech), o descobridor de Sedna, comentou sobre o assunto no Telegraph:
“Sedna é um objeto muito estranho – ele não deveria estar lá! Sedna nunca chega a ficar perto de algum dos planetas gigantes ou do Sol. Sedna está a meio caminho, lá fora, em uma órbita incrivelmente excêntrica. A única maneira de um objeto conseguir chegar a atingir uma órbita excêntrica como esta é ter sofrido gigantesco empurrão de outro objeto massivo – assim que corpo poderia estar presente lá fora para ter empurrado Sedna?†Afinal, que tipo de objeto teria causado a excentricidade orbital de Sedna?
Dimensões do Sistema Solar, passando pela órbita ultra excêntrica de 12.000 anos de Sedna até a Nuvem de Oort
Sedna seria mesmo um corpo em uma órbita excêntrica? Na verdade, Sedna nos surpreende e dá um novo significado a este termo astronômico, com um periélio de 76 UA e um afélio absurdo de 975 UA, que salta aos olhos no diagrama acima. Assim, Sedna leva 12.000 anos para completar um período orbital. O próprio Mike Brown disse que nas suas próprias pesquisas, ele não teria condições de descobrir algo tão distante e lento como Nêmesis deveria ser. Assim, isto deixa as perspectivas de um companheiro invisível para o Sol ainda vivas. Mas, de que tipo de companheiro nós estamos falando?
Objetos Independentes Distantes (DDOs)
Em um artigo publicado em 2006, Rodney Gomes (Observatório Nacional, no Brasil) e colegas notaram que Sedna e o objeto 2000 CR105 destacam-se entre os milhares de objetos Trans-Netunianos (TNOs), até agora descobertos, porque suas trajetórias não podem ser explicadas pela configuração planetária que conhecemos. Tanto Sedna quanto 2000 CR105 são classificados como DDOs (Distant Detached Objects), ou seja, “Objetos Independentes Distantesâ€. Os autores chamam-lhes “os primeiros verdadeiros objetos pertencentes a nuvem interna de Oort. Conseqüentemente, estes DDOs podem ser indícios da possível existência de um distante e massivo companheiro, um Planeta X ou talvez uma anã marrom, que os autores caracterizam estes objetos no artigo, como se segue :
O WISE com seus olhos infravermelhos vai elucidar o mistério?
Agora, com o advento do telescópio WISE (Wide Field Infrared Explorer), trabalhando na busca de corpos até então obscuros, não levará muito tempo para que tenhamos novas evidências, de uma maneira ou de outra, sobre os objetos longínquos do Sistema Solar. Obviamente, a chances da existência de uma anã vermelha ainda não detectada, a 25.000 UA, lá fora, são muito baixas. Uma anã vermelha já teria sido avistada hoje em pesquisas estelares, mas uma anã marrom fria ainda pode ter se evadido da detecção.
John Matese (Universidade de Louisiana em Lafayette), um dos autores do artigo acima, tem estudado as possibilidades da existência de uma Nêmesis (anã marrom) por mais de duas décadas e agora tem optado por um objeto de cerca de três a cinco vezes a massa de Júpiter. Este massivo corpo seria o culpado pela possível ejeção de cometas da nuvem de Oort. A missão WISE necessitará de um prazo até meados de 2013, quando terá completado duas varridas completas no céu e os follow-ups telescópicos de qualquer objeto-tipo-Nemesis deverão estar concluídas.
Comparação dos tamanhos do Sol (Sun), uma estrela de baixa massa anã vermelha (Low Mass Star), uma anã marrom (Brown Dwarf), Júpiter e a Terra. Estrelas com menor massa que o Sol são menores, mais frias e muito mais tênues na luz visível. As anãs marrons têm menos de 8% da massa do Sol o que é insuficiente para sustentar a nucleossíntese, transformando hidrogênio em hélio, o processo que mantém as estrelas brilhantes. Estes globos são quase impossíveis de serem detectados na luz visível, mas se destacam nas frequências do infravermelho. As anãs marrons têm o tamanho um pouco maior que o de Júpiter mas conseguem sustentar de 13 até 80 vezes mais massa e podem possuir sistemas planetários próprios. Crédito: NASA
Para maiores informações, consulte Gomes et al. “ A Distant Planetary Mass Solar Companion May Have Produced Distant ...â€, Icarus 184, No. 2 (outubro de 2006), onde os autores dizem que o objeto em questão pode ser (escolha uma das opções abaixo):
* Um planeta com a massa da Terra em torno de 1.000 UA;
* Um planeta tipo Netuno em 2.000 UA;
* Um objeto da massa de Júpiter em 5.000 UA;
* Ou, ainda, outras opções sugestivas, veja aqui.
Então, talvez nós não estejamos falando, contudo, de uma “estrela da morteâ€, mas talvez de um enorme Planeta X, do tipo que Percival Lowell esteve outrora tão empenhado em encontrar. Percival Lowell, graças ao incansável Clyde Tombaugh, teve de se contentar com pequeno Plutão, mas temos ainda muito o que procurar para excluir a possibilidade da existência de objetos maiores no espaço escuro além do Cinturão de Kuiper. A missão WISE deverá resolver a questão de forma conclusiva em até três anos. Isto é o que nós esperamos ansiosamente, falta pouco!
(série “O Universo†do History Channel, a primeira parte do episódio “Mistérios Inexplicados†fala sobre a hipótese Nêmesis defendida por Richard A. Muller)
Fontes
Centauri Dreams: Finding the Real Planet X por Paul Gilster
Astrobiology Magazine: Getting WISE About Nemesis
Telegraph: Search on for Death Star that throws out deadly comets
Icarus: A distant planetary-mass solar companion may have produced distant ... por Rodney S. Gomes, John J. Matese e Jack J. Lissauer
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extraído de: http://eternosaprendizes.com/2010/03/23/conjecturas-sobre-onde-esta...
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O PLANETA X... E Outras Histórias
JORNALISMO CIENTÍFICO
Décimo planeta e alienação da mídia
Ulisses Capozoli (*)
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